sábado, 28 de dezembro de 2013

Festa sem dono

            Estavam na maior correria. Todos envolvidos para fazer com que a festa saísse na mais perfeita ordem e que fosse inesquecível, afinal, era tradição daquele povo comemorar aniversários. Na véspera, saíra para comprar os ingredientes e demais itens da lista que havia sido feita. Nada faltou. Os convites foram feitos por telefonemas, na verdade, as ligações foram feitas mesmo só para confirmar, pois desde o aniversário do ano anterior já havia ficado combinado e acordado que no próximo ano retornariam. Assim foi feito. No dia, logo cedo arrumaram a casa, espalharam as luzes, as bolas, os enfeites. Tudo estava limpo e brilhava com o refletir das luzes que já começavam a se acender. Da cozinha vinha as mais saborosas essências e aromas carregadas pelo vento, anunciando que o banquete estava por ficar pronto. As roupas eram novas, recém-chegadas da loja. As mulheres e meninas traziam no alto de suas cabeças penteados  finos, clássicos, como se fossem uma escultura. Estava tudo impecável. A alegria parecia comandar naquele lugar. A empolgação era evidente em cada rosto. É chegada a noite. Tudo pronto. A mulher deu a última conferida e os últimos retoques. Mesa posta. Convidados presentes. Copos cheios. 
             A festa começou e ninguém queria saber da hora em que iria acabar. Haviam esperado um ano para aquele aniversário e agora tudo o que queriam e pensavam era em aproveitar o momento até o último instante que pudessem. As crianças corriam pelas escadas, as mulheres sentaram-se à sala e ali fizeram sua roda de conversa. Os homens, a beira da churrasqueira, comiam, bebiam e envolvidos por seus causos e estórias, riam-se sem limites de altura. Horas e horas se passaram. A meia noite o sino soou as doze badaladas e isso significava apenas uma coisa: era Natal, o aniversário de Cristo. A comoção era geral. Todos se abraçavam e desejavam um ao outro um "feliz natal", "boas festas", "próspero ano novo", etc... etc... etc. Sentaram-se à mesa e em menos de uma hora, o jantar foi degustado. Pouca coisa sobrou além dos ossos do peru e pratos sujos. Agora, cheios e satisfeitos (alguns embriagados) era hora de partir. Cada qual retornaria para sua casa, mas já combinado - como de costume - em retornar no próximo ano. As luzes se apagam. As roupas de grife, agora ao chão do quarto. Adormeceram. 
                  Recolheram-se sem perceber que na festa de aniversário ao qual haviam acabado de participar faltou algo crucial, de extrema importância: o aniversariante, o Cristo. Afundados em seu egoísmo e avareza não perceberam que bem próximo haviam pessoas que não tinham sequer o que comer. Enfadados pela gula, comeram e beberam e o que no bolso coube, foi consigo pra casa. Vestidos pela falsidade e hipocrisia compraram presentes para parentes que há muito não se falavam devido a uma discussão do passado, coisa pouca. Munidos do riso de engano, se suportaram uns aos outros, loucos pelo momento em que não estivessem frente a frente para comentar sobre o cabelo mal arrumado ou a roupa mal passada e fora de moda. Enquanto isso, o aniversariante, o Cristo, só desejava entrar em sua própria festa e trazer a paz . Entretanto, percebeu que os homens já possuem um outro cristo, que se veste de vermelho e que entrega presentes, e que Ele, o Cristo, é nada mais nada menos do que uma lenda.

Thiago Fontinelly'

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

De repente, não mais que de repente, a dúvida!

O que fazer quando toda a vontade de viver simplesmente desaparece? Quando o desânimo sobressai a força? Quando o riso já não passa de um mero disfarce? Quando o sonho virou pesadelo e o príncipe tornou-se vilão? O que fazer quando a inconformidade com tudo é maior do que a aceitação? Quando nada mais tem graça e a noite parece cada vez mais escura e duradoura? O que fazer quando o coração se entristece e o frio da madrugada chega a lhe arrancar suspiros profundos vindos da alma e que se transformam em copiosas lágrimas que demoram a cessar? O que fazer quando o cansaço paralisa o corpo, as dores sufocam o bem-estar e a rotina estraçalha a possibilidade de tentar a sorte e ousar o novo? O que fazer quando já não mais consegue se crê em nada e a fé que antes existia dá lugar à dúvida, ao receio, ao medo e ao ceticismo? Responda quem puder: o que fazer quando se percebe o quanto sua vida é fútil ?



Thiago Fontinelly'


terça-feira, 10 de setembro de 2013

Nas linhas do silêncio

                     O maior e mais maligno dos cânceres humanos começa quando esquecemos de amarmos primeiro a nós e amamos em demasia o outro. A falta do amor próprio faz com que deixemos escapar a coisa amada, faz com que ela escorregue por entre os vãos dos dedos e como a água que desce pelo ralo, se esvai. O pedestal é lugar pra se colocar o santo, o oco, o que não sente, o que não vive. Amor, nem de longe, merece lugar de exaltação. Antes, tenha adoração pelo trabalho, pelas conquistas, pela leitura, por um bem que seja comum a todos os seres que compõe a raça humana. E, se der tempo, ame. Ame a si mesmo. Em primeiro lugar. Vale lembrar que: coração não é tão simples quanto pensa, nele cabe o que não cabe na dispensa, cabe o meu amor. O seu amor. O nosso amor. Mas o amor de cada um é coisa que só o próprio dono pode guardar. É simples. É puro. É virgem. Seu sabor e seu cheiro são únicos e com nada se comparam. Carregam a identidade e o DNA de cada um, no entanto, com o tempo ele se altera, se modifica, cria e se apresenta em outras formas, transmuta, transfigura, sucumbe, sufoca, morre. O amor pelo outro sempre será para sempre até que acabe, e sim, ele sempre acaba. O que acontece é que por diversas vezes o ser humano aceita a condição de parasitismo e depois de se adaptar a uma situação ( que pode até estar insuportável ) ele a releva... engole... suporta... Por pura conveniência. Medo de mudar, de ousar. Pelo costume de já conviver com a angústia e o sufoco de já não amar mais o outro e nem a si mesmo. Eis aí um vegetal.


Thiago Fontinelly'

domingo, 8 de setembro de 2013

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Nas linhas do tempo

Uma hora você vai perceber o quanto eu te amei e o quanto você brincou com isso. 
O quão bem eu te quis, mas você resolveu seguir outros caminhos.
Uma hora você vai perceber que eu estava aqui sempre disposto a te ouvir e a te consolar quando algo dava errado, mas você preferiu estar sozinho.
Vai reconhecer que eu abri mão de muita coisa que eu queria só pra viver a vida que você planejou pra nós, mas desistiu.
Uma hora você vai se surpreender com a crueldade que você teve quando destruiu meus sonhos.
Uma hora você vai se espantar, quando se der conta de que eu fechei meu mundo de amizades para que ele fosse apenas nós dois, e você me abandonou.
Que todas as muitas mensagens que eu te mandei durante o dia não eram com a intenção de te incomodar, mas para fazer você saber o quanto eu me importava com você, e você apagou todas.
Uma hora você vai acordar e ver que eu fui embora.
Uma hora você vai me procurar e dizer que me ama,
E eu, já refeito, vou dizer: "quem é você?"

Thiago Fontinelly'

sábado, 31 de agosto de 2013

Sono de morte

Triste vai ser quando você perceber que aquela pessoa a que você sempre amou mas nunca teve coragem de dizer, partiu dessa vida e você não disse um "eu te amo" sequer.
Triste vai ser quando você se der conta que já é tarde pra pedir desculpas. pra assumir que errou, pra levantar e tentar de novo.
Triste vai ser quando, num fim de tarde, você se encontrar sentado na sala de seu apartamento e ver que um dia você acreditou que estudando e trabalhando teria tudo, e hoje chora pela falta de um amigo que o dinheiro não comprou.
Triste vai ser quando a ficha cair e ficar claro o quanto de tempo você perdeu cuidando da vida alheia e acreditando que sabia administrá-la e nem se deu conta que enquanto isso a sua própria vida sucumbia em meio à tanta faixada que você mesmo a impôs.
Triste vai ser quando você perceber que a vida passou e você não a viveu.

Thiago Fontinelly'

terça-feira, 27 de agosto de 2013




A Bíblia Entrelinhas

Muito mais é dito nas entrelinhas de um pensamento do que de fato se diz nas linhas escritas. Notório é no nosso cotidiano, as diferenças empáticas e empíricas das religiões e tanto se opõe umas as outras que se esquecem da verdadeira essência contida no evangelho deixado pelo Cristo que declaram seguir. O problema das interpretações é exatamente este: cada um entende de uma forma. Com isto, dependendo do poder que o indivíduo possui dentro de um determinado grupo que o confere o papel de líder, sai por aí "moldando" os outros pensamentos conforme aquilo que leu e compreendeu das Escrituras.  Muitas doutrinas que hoje a igreja prega e propaga nem sequer se encontram relatas nos textos bíblicos. Entretanto, estes deixam livres as moscas e se engasgam com os camelos. Tropeçam nas próprias patas quando se contradizem dentro de seus templos deixando, por exemplo, a mulher falar quando na verdade o mandamento que está no livro é para que esta permaneça calada. Quando questionados, dizem: "Ah, mas isso está no Velho Testamento". Ok, ok. Pode ser. Mas também está no Velho Testamento as passagens que se referem a homossexuais, a incesto, coito interrompido e a tantas outras perdas de tempo que causam desordem e lamúria no meio dos cristãos de hoje. O evangelho no entanto é bem simplório, e para isto, os seus seguidores não estão se atentando. Pois o próprio mestre disse: "Amai a teu próximo como a ti mesmo" e não é isso que nem de longe temos visto os "irmãos" praticarem. 



Thiago Fontinelly'

Meu primeiro amor errado

             
                 Com a inocência de uma criança que acaba de vir ao mundo, encontrava-se ela a admirar o brilho das estrelas. Acabara de perder seu avô, a pessoa em que mais confiava e depositava toda a sua confiança e afeto. Ao erguer os olhos, ela o avistou. Já haviam se falado antes, pela rede social. Se conheciam, mas ao mesmo tempo, eram estranhos. Com encanto das palavras bem modeladas e ditas, ele conseguia enganar e fascinar sem deixar transparecer ao menos o rastro de quem era de verdade. Frágil como ela estava deixou ser levada pelo bem que ele a fazia. As palavras e juras que ele fazia a encantavam de tal forma que ela nem sequer poderia imaginar o que em breve viria a tona. Com o passar de poucos dias, se viram envoltos em uma ardente paixão que não poderia acabar. Eram adolescentes. Ele cursava Enfermagem e ela Pedagogia. Faziam planos de se casar, ter filhos, construir a casa que queriam, e por muitas e muitas vezes eram levados pelo vislumbre de se contemplarem já idosos, com sua família formada e completa composta por sete filhos: três rapazes e quatro moças.
                    Os dias passavam e tinham a certeza de estarem apaixonados. Até que ela, conhecendo uma amiga dele, começou a saber de coisas que nada a agradara. Soube que nos finais de semana que ele desaparecia dizendo que estaria com os familiares na cidade vizinha, era uma desculpa que ele dava, pois na verdade aos finais de semana ele se entregava às festas, baladas e boates da própria cidade em que viviam. Na segunda ele retornava e fazia como se realmente tivesse passado aqueles dias na casa de algum familiar. Ao saber que ele mentia, ela sentia como se parte de seu castelo encantado desmoronasse. Não queria acreditar que o amor de sua vida, o primeiro, estaria a enganá-la. Muitos finais de semana depois ela já não aguentava mais ouvi-lo dizer que estava indo para a casa de parentes. 
                     Decidida, resolveu contar que conhecia toda a verdade e que sabia que ele estaria  afundado nas bebedices e nos manjares da vida noturna. Ele a chamava de louca e dizia que estava se sentindo ofendido com essas acusações, mas de nada mais adiantava, ela já estava saturada de aguentar a ausência dele por um período de tempo semanal. A única coisa que ela pedia a ele era que não escondesse nada mais e que a deixasse participar de sua vida, que não mentisse e não a enganasse. Nesse momento as palavras e lágrimas dela pesaram sobre os ombros dele e ele percebera o quão verdadeiro era o que ela sentia e que não, ele não tinha o direito de enganá-la. Ali, sem conseguir encará-la, confessou seu envolvimento com drogas e que ela não era sua única parceira.
                      Não queria acreditar. O que sobrara do encanto de seu castelo acabava de ruir por completo. Ela não conseguiria conviver com aquela condição. Era demais. Era pesado. Era arriscado. Era insuportável. Mas, coração como não é algo simples como se pensa, continuou amando-o como se nada tivesse acontecido. Tendo que distanciar-se dele, os dias dela já não eram mais os mesmos. O sol parecia ter se escondido por entre as montanhas e as trevas reinavam diante de seus olhos. Sufocada e com a alma dilacerada, ela se jogou da janela do quinto andar, nada fácil de entender.



Thiago Fontinelly'

Nada de linhas, muito menos entrelinhas! ;)


Thiago Fontinelly'

Bem Estar Bem

Uma regra comum a todos e que não há exceção para ninguém é que todos temos problemas. Não importa qual seja o seu, pra você o seu problema sempre será o maior. No entanto, o que jamais deve acontecer é que os problemas que o jogue no chão o faça ficar ali. Desde os primeiros momentos da vida, onde as pequenas pernas ainda não tem firmeza e para ficar em pé é preciso agarrar-se aos objetos que estão ao redor, assim deve ser quando (por qualquer motivo que seja) nos encontrarmos sem forças para nos manter em pé diante das afrontas, adversidades e peças que a vida se encarrega de nos pregar. Sempre haverá algo a que se possa apegar para encontrar o equilíbrio e o amparo necessário que dará suporte e sustentará firme os seus passos neste momento da caminhada. O que de fato importa é descobrir dentro de si o que te faz bem, o que te traz conforto, o que te satisfaz. Seja um amigo, um livro, uma música, um familiar, um lugar, uma comida, uma religião ... Fazer o que gosta é sempre o primeiro passo para se alcançar a paz de espírito e a serenidade da alma, pois um dos maiores prazeres do ser humano é sentir-se útil, acordar todas as manhãs e saber que alguma coisa estará esperando por ele para ser feita, que sim, no decorrer daquele dia ele desenvolverá uma função que não cabe ao outro, mas cabe a ele desenvolver.
 Estar bem consigo mesmo é a melhor forma de estar bem com o mundo.


Thiago Fontinelly'

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Triste fim de um coração arrebentado

            Com o leve pousar das pequenas patas de uma andorinha na janela, acordou naquela manhã. A brisa entrava sem pudor e batia em seu rosto, os primeiros raios de sol começavam a iluminar os olhos que, na noite que antecedera, chorou por muitas horas. Aliás, a essa altura tudo o que o cérebro mais desejava era esquecer a noite anterior. A algum tempo já estavam juntos. Os momentos em que passavam lado a lado eram únicos. Ele havia novamente aprendido o significado da palavra amor e estava vivendo-o intensamente... De todas as formas... Livre... Verdadeiramente. Já nem se lembrava mais de quanto havia sofrido em seu relacionamento anterior e pedia aos céus com a força de vida que havia dentro de seu ser, que aquele momento durasse para sempre, que fosse eterno, que fosse ... Para sempre. Mal sabia ele que todo "para sempre" sempre acaba. A notícia de que seu amor, a pessoa que o tinha colocado novamente em pé e que agora estava segurando sua mão, teria que ir embora, partiu-lhe o coração como uma flecha que acerta em cheio seu alvo. Passariam juntos por apenas mais dezessete dias e ao findar desse prazo, mais uma vez ele teria que aguentar ver o "para sempre" que idealizara ser rompido pela sorte e vontade do destino que a todos causa da forma que bem quer sem ter o mínimo de preocupação com a ferida que irá causar. Aqueles dias passaram tão rápido quanto o ataque de uma ave de rapina. O choro era comum entre os dois, que só de se olharem já sabiam o quanto iriam sofrer por terem que se separar. Findo o prazo, já não tinha mais remédio que curasse a dor que ambos sentiam. Com as malas feitas, era hora de embarcar. "Voo com destino à Londres, dirijam-se ao saguão para o embarque", avisou a voz que agora ecoava pelo aeroporto. O último olhar. O último toque. O último "eu te amo". O último beijo. A última vez que ambos os corações se encontravam num ritmo único e sem ter forças para soltar uma palavra sequer, as lágrimas contemplavam o momento e sem precisar do movimento de nenhum músculo dos lábios, elas diziam tudo. A porta do avião fecha-se e em questão de minutos já está longe... Muito longe... Pelas janelas de vidro do aeroporto ele observava as luzinhas brilharem no céu, até que sumiram por completo. 
             

Thiago Fontinelly'

domingo, 25 de agosto de 2013

Not Fly!

Segure. Tranque. Prenda. Engula.



O amor entre linhas

Falar de coisas bonitas nem sempre é a coisa mais fácil a fazer. Desde o momento em que pela primeira vez fui para a escola disseram-me que ali eu aprenderia a ler e escrever. De fato, letras e junções de sílabas lá  aprendi, mas hoje, tantos anos depois, parece-me que a atividade de escrever entrelaça-se aos sentimentos que se tem na alma. Escrever o que sente não é nem de longe uma tarefa fácil. Não é qualquer um que consegue. É no emaranhado de vozes, ruídos, pensamentos e agonias e alegrias que o ser carrega dentro de si que fazem com que seu repertório seja único, particular, pessoal, autêntico. Dizem que compositores de músicas escrevem nas letras das canções aquilo que eles vivem ou já viveram em algum momento de suas vidas. Coitados! Há muitas e muitas músicas que (acredito eu) ninguém conseguiria viver o que elas dizem. Nisso vemos que na escrita o autor coloca ao externo aquilo que tem dentro de seu ser, a sua vivência, a sua crença, aquilo que ao longo de sua vida, de algum modo, foi internalizado. Por diversas vezes, a causa das maiores e melhores letras e textos é o primeiro amor. O contato com esse sentimento tão voraz, tão feroz e tão sublime. Infelizmente o primeiro amor é sempre um amor errado, ou talvez o certo, mas por ser algo novo e ainda não saber como lidar com ele, quase sempre acaba se perdendo. Daí então a vida segue, os caminhos se separam, os pensamentos nunca mais serão os mesmos. A vontade de amar talvez ainda continue a existir ou talvez seja lançada ao limbo e não consiga mais voltar. É aí que está a beleza. É aí que está a unanimidade dos seres humanos, onde cada um reage de uma forma. Os esperançosos e otimistas depois da desilusão do primeiro amor decidem destinar suas vidas a busca de seu galardão e encontrar de fato a tampa de sua panela e com isso se machucam muitas outras vezes.  Os decididos resolvem que querem trabalhar, se formar, conquistar sua casa própria, seu carro, viajar e, se tiver tempo, se por obra do acaso alguém cair do céu em seu caminho, tudo bem, mas ir atrás de outro amor, jamais! E os que não superam a perda encontram na escrita um porto seguro. Afinal o papel, e muitas vezes só o papel é que vai suportar compartilhar tanto sofrimento, tanto pesar, tanta dor. E assim, passam a escrever músicas, textos e postagens em blogs ...

O vídeo abaixo é prova do amor descrito em canção. Uma pena. Uma tristeza. Uma verdade.



 Thiago Fontinelly'