É fato que não era prioridade, mas apesar de todas as disposições em contrário a Copa do Mundo aconteceu e aconteceu muitíssimo bem, diga-se de passagem. O Brasil abriu suas portas e abraçou a multidão que passou por aqui de uma forma muito hospitaleira, amistosa e receptiva. Os turistas vieram com a bagagem cheia de esperança, de companheirismo, de reciprocidade e munidos de um espírito competitivo, souberam lidar com a frustração da perda e com a fatalidade de ver sua Seleção não ser campeã, com exceção da Alemanha, e claro. Cada um deixou no solo brasileiro a sua pegada, trouxe sua cultura e mesmo que o idioma se divergisse, a comunicação entre os povos não sofreu nenhum impedimento ou falta a ponto de não acontecer. O Brasil foi goleado, mas o mundo também foi com o exemplo de educação dado pelos japoneses, pela Seleção Alemã, que em terras brasileiras, comemorou sua vitória dançando como os indígenas, os primeiros habitantes desta nação. Isso prova que ser vitorioso não é tripudiar sobre o concorrente, sobre os que não conseguiram avançar pelo caminho, mas sim, respeitar seu adversário e reconhecer a importância dele em sua conquista. Com este evento o Brasil deixa claro o poder que possui de construir grandes estruturas (quando quer), manter e organizar um grande número de pessoas (quando quer) e de ser capaz de garantir à nação um bom nível de segurança pública (voltando a repetir: quando quer). Pelo porte do evento que hospedamos, os problemas relacionados à assaltos, furtos, violência, foram extremamente menores do que os índices costumam apontar cotidianamente. Agora, sem o título ganho e com os turistas retornando para suas terras, nós brasileiros, continuaremos a ser tradição no futebol mundial. Um fato não é capaz de mudar toda a história, nem tão pouco envergonhar para sempre. Logo a ferida cicatrizará e na Rússia, daqui a quatro anos, ouviremos a torcida cantar "sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor".
Thiago Fontinelly'
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